Portal é um dos maiores videogames de quebra-cabeça de todos os tempos, para se tornar um verdadeiro culto aos videogames e estar entre as melhores obras da Valve. A Nvidia quis homenagear o título, modernizando-o e melhorando-o gráfica e tecnicamente, tudo com a ajuda de IA e ferramentas poderosas capazes de ridicularizar completamente o conceito de "remasterizado". Portal RTX é uma nova versão (gratuita) do famoso jogo, chega no dia 8 de dezembro e permite que qualquer pessoa com um cartão RTX experimente o incrível impacto visual gerado pelo path tracing, além de texturas e ativos totalmente revisados.
Já falei sobre o Nvidia RTX Remix há algum tempo em um especial dedicado, para quem não sabe o que é, sugiro que recupere o artigo e tenha uma ideia mais clara. Posso garantir, no entanto, que o Portal nunca pareceu tão bom e reproduzi-lo nessas condições foi realmente agradável.
Portal RTX com RTX Remix
Qualquer jogo redesenhado com RTX Remix claramente precisa de intervenção humana para ser otimizado, mas a maior parte do trabalho é essencialmente automática e é bastante impressionante perceber como a tecnologia moderna pode tornar o trabalho muito mais fácil.
RTX Remix é capaz de capturar texturas, iluminação, câmeras e geometrias de qualquer videogame compatível com DirectX 8 e DirectX 9. Essas informações são carregadas em um Runtime chamado RTX Remix Runtime, que interpreta tudo em ativos separados e os remonta em uma cena idêntica, após o que o RTX Remix converte todos os ativos e cenas na estrutura 3D, Universal Scene Description (USD), que constitui a base da plataforma NVIDIA Omniverse para criar e gerenciar pipelines 3D personalizados.
Portal RTX é praticamente um novo videogame: texturas revisadas, iluminação redesenhada, introdução de path tracing e impacto visual, cenário completamente distorcido. Se você tentasse colocar os dois jogos lado a lado, perceberia como a diferença é quase abismal, prova de que o poderoso software RTX Remix da Nvidia funciona muito bem, demonstrando também um certo tipo de potencial para o futuro.
Portal RTX, nossa experiência
Joguei Portal há vários anos e acho que nem preciso falar que tipo de videogame é, mas para quem nunca teve a oportunidade de abordá-lo (sério?!), saiba que é um dos jogos de quebra-cabeça mais brilhantes já realizados. Certamente o segundo episódio é ainda melhor, mas mesmo o primeiro capítulo, anos depois, continua sendo uma verdadeira pérola capaz de atrair qualquer tipo de jogador. Meu conselho é repetir, para quem já fez em seu tempo e experimentar absolutamente pela primeira vez para quem perdeu por algum motivo no passado.
Obviamente você certamente está interessado em entender o desempenho deste título, pois sua beleza é diretamente proporcional aos recursos necessários para rodar em seus PCs. Entendendo-se que a menos que você tenha uma série RTX 30 ou a nova série 40, abordar o Portal RTX é praticamente impossível, tanto por uma questão prática relacionada à otimização quanto ao DLSS.
Tentamos jogar em Full HD com uma RTX 3060Ti e conseguimos sem problemas ficar um pouco acima dos 30 fps com DLSS 2.0, mas considerando que o jogo todo é em ray tracing, ainda assim considero o resultado satisfatório. Para chegar a 60 fps em 1080p você precisa de pelo menos um RTX 3080 e isso faz você perceber o quanto é caro em termos de desempenho.
E quanto a 4K? Tanto pelas características das placas quanto pelo DLSS 3.0, a série 40 é a que faz uma caminhada para se aproximar do Portal RTX. Com uma RTX 4080 gravei em média 90.1 fps com percentil 57.4 99 fps, enquanto cna RTX 4090 consegui chegar a 129.7 fps em média com 74.9 99º percentil fps. Além do poder das cartas, o que impressiona é o uso do DLSS 3.0, que já havia apreciado muito em Marvel's Spider-Man Miles Morales e que se mostra verdadeiramente excepcional como super sample. Já imagino o potencial que pode garantir no futuro em títulos ainda mais "importantes" do ponto de vista de recursos de hardware.